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Texto  sugerido pelo irmão Adauto:

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Espiritualidade x Religiosidade

Pastor Ed René Kivitz

Ed René Kivitz graduado em Teologia pela Faculdade Teológica Batista de São Paulo, mestre em Ciências da Religião pela Universidade Metodista de São Paulo; pastor presidente da Igreja Batista de Água de Água Branca, em São Paulo; autor de Quebrando paradigmas (Abba Press), Vivendo com propósitos, Outra Espiritualidade e O livro mais mal humorado da Bíblia (Mundo Cristão); idealizador do Fórum Cristão de Profissionais.

Texto:

Espiritualidade é a experiência humana do sagrado, transcendente, divino. Religião é a maneira como o ser humano organiza e vivencia sua experiência de transcendência. Espiritualidade é uma experiência humana universal. Religião é uma experiência humana condicionada a dogmas, ritos, códigos morais e grupos de pessoas que acreditam nas mesmas coisas e celebram sua espiritualidade da mesma maneira. As religiões mais conhecidas no mundo são Judaísmo, Cristianismo, Islamismo, Hinduísmo e Budismo. A espiritualidade é o que os seres humanos têm em comum. Por exemplo, tanto o Dalai Lama quanto o Papa Bento XVI embora adotem religiões diferentes, um é budista, o outro é cristão, têm em comum a espiritualidade. Em termos simples, assim como o ser humano tem corporeidade (relação com o corpo) e racionalidade (relação com a mente), também tem espiritualidade (relação com as realidades espirituais). Religião é maneira como cada ser humano desenvolve e pratica sua espiritualidade. Espiritualidade tem a ver com os atributos do espírito humano: razão, emoção, volição, consciência e auto-consciência. Religião está relacionada ao mundo dos espíritos, supra humanos ou sobrenaturais. Espiritualidade é aquilo referente às virtudes do espírito: amor, compaixão, solidariedade, generosidade, perdão e justiça. Religião trata mais das regulações morais, objetivas: pode, não pode, em detrimento das virtudes subjetivas. Dentro de cada religião existe um número variado de maneiras de vivenciar a espiritualidade. Por exemplo, no Cristianismo a espiritualidade pode ser vivida de uma forma Católica Romana e outra Protestante, e mesmo dentro do catolicismo e do protestantismo, existem ramificações variadas: uma coisa é a Canção Nova, outra as Ciomunidades Eclesiais de Base, um é o catolicismo carismático, outro o catolicismo da teologia da libertação. No protestantismo também, um é o cristianismo de Santo Agostinho, Tomás de Aquino e dos célebres reformadores Martinho Lutero e João Calvino, outro o cristianismo do pentecostalismo e do neo-pentecostalismo. Observe também a variedade do judaísmo. Há o judaísmo ortodoxo rabínico, com seu foco na tradição da Torah, do Tanakh e do Talmud, e o judaísmo hassídico, com sua ênfase na mística, além da versão cabalista e das diferenciações resultantes da territorialidade: os sefardistas, da Península Ibérica, e os asquenazes, da Europa Central e Oriental. O mesmo acontece com o Islamismo, com seus ramos sunita, hegemônico e mais tradicional, os xiitas, a minoria radical considerada dissidente, e a versão mística do sufismo, que alguns muçulmanos nem mesmo consideram identificada como Islã. O budismo possui também sua variedade, considerando aspectos doutrinais e populares e suas principais versões: indiana e tibetana. Embora seja considerada uma filosofia não teísta, que o teólogo alemão Karl Barth considerava “uma religião sem Deus”, o chamado budismo popular possui características mágicas de culto a divindades diversas. Assim como o Hinduísmo, que não tem um sistema unificado de crenças codificado numa declaração de fé ou um credo, e engloba a pluralidade de fenômenos religiosos relacionados às tradições vêdicas. O Hinduísmo costuma ser definido com mais frequência como uma tradição religiosa, a mais antiga e a mais diversa das religiões mundiais. As generalizações religiosas servem como categorias sociológicas e ajudam a compreender as diferentes tradições, mas dizem muito pouco a respeito da espiritualidade de seus praticantes. Categorias religiosas não são suficientes para conter a grande diversidade das relações humanas com o sagrado e o divino. Dizer qual é a sua religião sugere alguma coisa, mas não diz muito a respeito de sua espiritualidade. É mais fácil encontrar uma pessoa religiosa, do que um espírito livre e capaz de amar.

Comentário do editor do Blog:

Pondero que a religião é importantíssima para o ser humano. A religião, no entanto, nunca deve sobrepujar o espiritual. A religião deve estar em função do espiritual e não o contrário. O objetivo da religião deveria ser de facilitar a aproximação do homem de Deus. Muitas religiões, pelo contrário, afastam o homem de Deus.
Não se deve eliminar a religião. O texto parece que exalta a espiritualidade e sugere (esta é a minha leitura) a eliminação da religião. Com isto eu não concordo! Assim como temos corpo, alma e espírito, a religião, ao meu ver, é o corpo da espiritualidade.
Por outro lado, a letra mata, como disse Paulo, e o Espírito vivivica. Mas, isto não quer dizer que devemos deixar de lado os textos das escrituras, mas sim, que o Espírito de Deus deve ter a primazia! E, o texto, em função do Espírito de Deus!
Outro erro que deve ser evitado: de considerar toda espiritualidade boa! Não é! Há escolhas espirituais boas e há escolhas ruins! Na verdade, o nosso corpo, alma e espírito devem se submeter e estarem dirigidos pelo Espírito de Deus. Não podemos igualar as espiritualidades!
Há religiões que dão ênfase no comportamento (e, não se importam muito com o conteúdo)!
Outras se preocupam demasiadamente com o místico, mas deixam de lado o amor prático!
O apóstolo Tiago disse que a verdadeira religião é atender as viúvas em suas necessidades e tribulações.
Também disse que a fé sem obras é morta!
Paulo fala que a salvação não é por obras e sim pela graça de Deus, mediante a fé! As obras não são suficientes para merecer a salvação. Ninguem a merece.
Jesus disse que quem o ama deve obedecer e guardar os seus mandamentos.
Maria adorava a Jesus, enquando Marta trabalhava. E, quem foi repreendida? Marta!
Quero, também registrar a minha rejeição de religiões onde uma cúpula decide o que os membros dever crer ou não! Os pontos da confissão de fé deveriam ser pouquíssimos! Pouquíssimos mesmo!
A "infalibilidade" de um homem ou de um colégio de "sábios" é perigosa!
Falar em nome de Deus sem se ter certeza ABSOLUTA é pecado! É estelionato!
Para finalizar, ressalto que quando prego o Evangelho nas ruas, digo que entregar-se a Jesus é uma coisa, afiliar-se a uma igreja é outra! Primeiro a pessoa se entrega a Jesus, depois, o Espírito Santo encaminhará a pessoa a igreja que ela deve seguir (e, não o inverso)

Bem, acho que está bom por hoje!

JESUS É O ÚNICO CAMINHO PARA SE CHEGAR AO PAI!

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